quinta-feira, 24 de março de 2011

Todo dia

Vinte e quatro horas. José sai para mais um dia de trabalho, o relógio despertou às seis. De pronto, sua consciência já diz que o dia vai ser cheio, uma vez mais. Haja trabalho, haja papel. Os ponteiros correm como se estivessem numa final de atletismo, nem sequer olham para trás. A hora do almoço passa e ele nem vê. Que fome. Ele precisa comer. O arroz misturado com a carne de ontem é o que o alimenta por algumas boas horas. Mais papeladas. Resolve assuntos burocráticos e volta para sua função. Nem percebe que dois outros funcionários acabaram de passar por ele. Eles sentam em sua sala. Ele nem percebe. Trabalho, trabalho, trabalho. O sinal da fábrica tocou, agora sim ele sabe que está na hora. Hora de voltar à casa. Janta. Futebol. Sono. Sonhos. O relógio desperta. Vinte e quatro horas.

Um comentário:

  1. "Todo dia um Ninguém José acorda já deitado.
    Todo dia, ainda de pé, o Zé dorme acordado.
    Todo dia o dia não quer raiar o sol do dia.
    Toda trilha é andada com fé de quem crê no ditado,
    De que o dia insiste em nascer.
    Mas o dia insiste em nascer pra ver deitar o novo".

    Um beijo, amiguinha.
    Amo você.

    http://www.vagalume.com.br/los-hermanos/todo-carnaval-tem-seu-fim.html#ixzz1HtRLenBh

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