quinta-feira, 24 de março de 2011

Todo dia

Vinte e quatro horas. José sai para mais um dia de trabalho, o relógio despertou às seis. De pronto, sua consciência já diz que o dia vai ser cheio, uma vez mais. Haja trabalho, haja papel. Os ponteiros correm como se estivessem numa final de atletismo, nem sequer olham para trás. A hora do almoço passa e ele nem vê. Que fome. Ele precisa comer. O arroz misturado com a carne de ontem é o que o alimenta por algumas boas horas. Mais papeladas. Resolve assuntos burocráticos e volta para sua função. Nem percebe que dois outros funcionários acabaram de passar por ele. Eles sentam em sua sala. Ele nem percebe. Trabalho, trabalho, trabalho. O sinal da fábrica tocou, agora sim ele sabe que está na hora. Hora de voltar à casa. Janta. Futebol. Sono. Sonhos. O relógio desperta. Vinte e quatro horas.

terça-feira, 22 de março de 2011

Vivendo o pior


Onde será que chegaremos depois de tanta destruição, catástrofes e desgraças? E fica aí mais um ponto de interrogação. Homens roubando, mulheres matando, crianças atirando. Rouba-se dinheiro, carro e felicidade. Matam pais, filhos e sonhos. Atiram no peito, no rosto, na alma.
E, muito além dos problemas da humanidade, enxergamos hoje os problemas da própria natureza. Foco no povo japonês, povo intelectualizado, sabedor de muita tecnologia, ágil no pensamento. Também sofrem. Casas destruídas, lares desabados, vidas que voam como o vento e que se vão como as águas. Águas que não voltam. Pessoas mortas, cidades acabadas. Consequência da fúria da natureza. Tristeza.
E aqui, longe das desgraças naturais, ainda tem gente buscando o pior. Roubos, mortes, tiros. Pura tristeza e agonia. Situações distintas, mesmos resultados: mortes e tragédias. E fica aí mais uma interrogação. Por quê? E mais uma. Para quê?

domingo, 13 de março de 2011

O amor está no ar

A vida se torna mais leve, os sentimentos cada vez mais sinceros, os momentos mais intensos, o sorriso mais presente. "Sentimento que impele as pessoas para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso." Beleza é o que não falta nessa hora, as cores ficam mais vivas, as pessoas mais belas, os problemas mais amenos. A paixão que nos domina, que invade a alma e se instala no músculo involuntário não tem hora nem lugar. Quer dizer, tem hora certa e lugar certo. Pessoa certa. Esse calor vermelho, quente, que arde no peito, não pode ser descrito por simples palavras, apenas pode ser vivido e revivido, e revivido. Ele deve ser vivido. Momentos dignos de entrega, de emoção. E quão grande é a alegria de vivê-los, de poder vivê-los, de ter com quem vivê-los. E eu tenho você. E eu amo (muito) você.